P-o89 Odontíase: mito ou realidade

Resumo

Objetivos ou Proposição: Com base na literatura e diante da dificuldade em se obter um conhecimento efetivo quanto aos sinais e sintomas da odontíase, o presente estudo objetivou coletar dados sobre a ocorrência ou não de manifestações orgânicas locais e/ou sistêmicas, durante a fase de erupção dos dentes decíduos de crianças, assistidas na Bebê Clínica da Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP. Métodos: Para realização desta pesquisa foram utilizadas as informações sobre a ocorrência ou não de odontíases, os tipos mais frequentes e qual a conduta adotada pelos responsáveis, contidas nos prontuários de 503 bebês assistidos na Bebê-Clínica da Faculdade de Odontologia de Araçatuba- UNESP, escolhidos aleatoriamente. E, também através de informações fornecidas pessoalmente pelos próprios pais. Os dados obtidos foram anotados em uma ficha específica para este fim e, posteriormente, eles foram tabulados para facilitar a confecção de tabelas e gráficos, visando uma melhor visualização e compreensão dos resultados. Resultados: Conforme os dados obtidos nesta pesquisa, de um total de 503 prontuários analisados, 328 (65,3%) crianças apresentaram manifestações locais (sialorréia, coriza, coceira gengival, introdução de objetos e as mãos na boca com frequência) e sistêmicas (febre, diarreia, vômitos, enjoos, inapetência, sono agitado, irritação), compatíveis com os sintomas de odontíase. No entanto, 175 (34,7%) não apresentaram nenhum sintoma. Conclusões: Segundo os resultados obtidos em nossa pesquisa, podemos concluir que os fenômenos da odontíase ocorreram na maioria dos casos e, os mais frequentemente observados foram:  coceira gengival (87%), salivação aumentada (71%) e Irritação (68%) . Portanto, os pais devem receber informações e orientações sobre a odontíase, para reconhecê-la facilmente e minimizar o stress, proporcionando mais conforto a seus filhos durante esta fase crítica.