Estudo epidemiológico em Centro de Referência: encefalopatia crônica infantil e risco de disfagia orofaríngea

Autores

  • Rita de Cássia Escobar de Arruda Brasil
  • Roberta Gonçalves da Silva
  • Daniela Atili Brandini

Resumo

A Encefalopatia Crônica Infantil Não Progressiva (ECINP) pode acarretar múltiplos comprometimentos, dentre eles disfagia orofaríngea (DOF). Este estudo objetiva avaliar a relação da presença de DOF em paciente com diagnóstico de ECINP em seus subtipos. Foram avaliados os prontuários de pacientes com necessidades especiais do Centro de Referência atendidos entre 2011 e 2017; identificando 1868 pacientes com diagnóstico de ECINP. Foi utilizado o teste Qui-quadrado para comparação entre os grupos (α=0,05). Dentre os 362 assistidos pelo setor de Fonoaudiologia 203 (56,61%) do gênero masculino e 159 (43,9%) do gênero feminino (p=0,858) e, 203 (56,1%) do total apresentaram risco para DOF.  Nos casos de paralisia cerebral espástica, verificou-se a presença de disfagia orofaríngea em 75% deles; 26,1% de pessoas com DOF na diplegia espástica; 31% na hemiplegia infantil; 50% na paralisia cerebral discinética; 66,7% na paralisia cerebral atáxica, 33,3% nas outras formas de paralisia cerebral infantil e 48,8% nas paralisias cerebrais não especificadas (p=0,0001). Avaliou-se 63 pessoas pelo Sistema de Classificação Motora Grossa (GMFCS), sendo que 45 (71,4%) delas apresentaram DOF. A DOF mostrou associação reduzida com o Grau I do GMFCS (25%) e aumentada com o Grau V do GMFCS (83,7%) (p=0,002). Concluiu-se que em paciente com paralisia cerebral espástica e GMFCS grau V é significativamente maior o número de casos de disfagia orofaríngea.

Descritores: Paralisia Cerebral; Transtornos de Deglutição.

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Publicado

2017-11-26

Como Citar

Brasil, R. de C. E. de A., Silva, R. G. da, & Brandini, D. A. (2017). Estudo epidemiológico em Centro de Referência: encefalopatia crônica infantil e risco de disfagia orofaríngea. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado de https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/2329