Tratamento de fratura nasal por redução fechada

Resumo

Em 2009 na FOA-UNESP foi criado o Círculo de Palestras à Comunidade da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (CIRPACfoa), cujo principal objetivo é auxiliar na prevenção de traumas bucomaxilofaciais. Dentre as etiologias responsáveis por promover fraturas faciais, evidencia-se agressões físicas, os acidentes de trânsito, acidentes desportivos e acidentes de trabalho. A faixa etária mais acometida é a camada jovem da população pertencente ao gênero masculino. Devido à sua anatomia, o nariz é dentre os ossos da face o mais atingido durante os traumas, representando 49% das fraturas maxilo-facias. A composição anatômica nasal se dá basicamente pelos ossos próprios do nariz (OPN), sendo o restante de sua constituição formada por junções do osso frontal, etmoide, esfenoide e maxilar superior e estruturas cartilaginosas. O objetivo deste trabalho foi fazer um relato de caso clínico de um paciente do sexo masculino, de 38 anos, melanoderma, atendido no P.S. da Santa Casa de Araçatuba e que alegava ser vítima de agressão física, relatando dificuldade respiratória e queixas álgicas em face. No exame clínico pode-se observar rinoescoliose significativa em lado direito e impermeabilidade das vias aéreas. O exame de imagem por tomografia computadorizada revelou fratura OPN Tipo 4 (Rohrich & Adams) cominuta e desvio de septo nasal. Após analisar os resultados o tratamento proposto foi cirúrgico sob anestesia geral e intubação orotraqueal, com reposição dos fragmentos ósseos e redução do desvio de septo, seguido de tamponamento. Para sustentação e manutenção do contorno nasal, realizou-se curativo em gesso e, também estético, retomando aspecto bastante semelhante às características originais prévias ao trauma. Diante do exposto, vale frisar a importância da necessidade de conscientização da população a respeito da prevenção de traumas, a fim de reduzir o número desses casos.