Complicação associada à reconstrução mandibular com enxerto livre de ilíaco: relato de caso

Autores

  • Silvestre Estrela da Silva Júnior
  • Emanuel de Araújo Dominicano Dantas
  • Lukas Natã Mendes Fragoso
  • Tereza Helena de Sousa Teixeira
  • Morgana Dantas de Araújo Almeida
  • André Lustosa de Souza

Resumo

Introdução: Descrito, pela primeira vez em 1930 por Ivey e colaboradores, trata-se de um tumor odontogênico epitelial, benigno, localmente invasivo e de crescimento lento. O ameloblastoma é o tumor de origem epitelial mais comum e representa em torno de 23% dos tumores odontogênicos. Acomete principalmente a mandíbula, podendo ocorrer também em maxila, não apresentando predileção por gênero e raça, acometendo principalmente adultos jovens, com média de 35 anos de idade, sendo raro em crianças e em sua maioria assintomático. Objetivo: O presente trabalho objetiva relatar um caso de complicação associada a enxerto livre de ilíaco. Relato do caso: Paciente M. I. F. N. com 65 anos, gênero masculino, foi encaminhado ao Ambulatório de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Regional do Agreste- PE para avaliação de tumefação na região posterior de mandíbula.  Durante o exame físico notou-se crescimento exuberante, sem alterações de coloração ou textura. Pela análise da radiografia panorâmica, tomografia computadorizada e biópsia incisional foi confirmado o diagnóstico de ameloblastoma multicístico em região posterior esquerda de mandíbula, medindo em seu maior diâmetro 6,0cm. O paciente foi submetido a ressecção segmentar, seguido de de reconstrução com placa de titânio e enxerto ósseo proveniente da crista ilíaca. No pós-operatório de 6 meses, o paciente evoluiu com quadro de infecção em enxerto, sendo recomendado a sua remoção. O procedimento foi realizado sob anestesia geral, onde procedeu-se a remoção do enxerto sob acesso extraoral de Risdon No momento o mesmo encontra-se no aguardo para reabilitação da área com enxerto microvascularizado de fíbula.  Conclusão: Pode-se concluir que o paciente evolui bem, após a retirada do enxerto infectado e que a extensão da reconstrução, bem como os cuidados pós-operatórios, são de grande valia para o sucesso do tratamento.

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Publicado

2018-05-28

Como Citar

Silva Júnior, S. E. da, Dantas, E. de A. D., Fragoso, L. N. M., Teixeira, T. H. de S., Almeida, M. D. de A., & Souza, A. L. de. (2018). Complicação associada à reconstrução mandibular com enxerto livre de ilíaco: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado de https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/3070