Laceração Transfixante Facial em Região de Mento: Relato de Caso
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v13i6.6177Palavras-chave:
Ferimento Facial, Sutura, CicatrizaçãoResumo
As lacerações faciais correspondem aos danos cortantes ou perfurantes da estrutura epitelial envolvendo grandes extensões e profundidades, sendo um dos problemas mais comuns encontrados em unidades de emergência. O tratamento varia de acordo com a extensão, profundidade, grau de contaminação, etiologia e tempo decorrido do trauma, sendo este um fator fundamental para definir o resultado. O objetivo desse trabalho é direcionar a melhor conduta ao cirurgião bucomaxilofacial, através de um relato de caso de um paciente com laceração transfixante em face, levando em consideração a relevância dos aspectos estéticos, funcionais e psicológicos envolvidos. O relato de caso a ser abordado é de um paciente do sexo masculino, 59 anos de idade, que foi admitido no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, após 24 horas do episódio de acidente por coice de animal. O acometimento ocorreu na região anterior de mandíbula, apresentando laceração transfixante em região mentual com áreas necróticas de aproximadamente 3 cm de comprimento, além de outra laceração em região submentual já suturada em Unidade Básica de Saúde. Apresentou comunicação da laceração à oroscopia e não apresentou degraus à palpação, tampouco mobilidade óssea, quadro confirmado pela tomografia computadorizada. O tratamento foi realizado sob anestesia local, consistindo no desbridamento e sutura da laceração transfixante. Além disso, foi solicitada uma dose de imunoglobulina antitetânica e foram prescritas terapia antibiótica, anti-inflamatória e analgésica, juntamente às orientações pós-operatórias e retorno ambulatorial agendado para o 7º dia pós-operatório. No retorno ambulatorial, observou-se aspecto satisfatório da abordagem cirúrgica. Deste modo, é certo que o tratamento cirúrgico da laceração transfixante deve ser preconizado, uma vez que está ligado a reparação tecidual fornecendo um resultado estético-funcional mais previsível.
Downloads
Referências
Shaikh ZS, Worrall SF. Epidemiology of facial trauma in a sample of patients aged 1-18 years. Injury. 2002:669-71.
Clark N, Birely B, Manson PN, Slezak S, Kolk CV, Robertson B, Crawley W. High-energy ballistic and avulsive facial injuries: classification, patterns, and an algorithm for primary reconstruction. Plast Reconstr Surg. 1996;98:583-601.
Gaetti-Jardim EC, Santiago Júnior JF, Guastaldi FPS, Dias-Ribeiro E, Shinohara EH, Garcia Júnior IR, Gaetti-Jardim Jr E. Ferimentos Faciais: Relato de Caso. Rev Odontol Araçatuba. 2010;31(1):73-77.
Leite Segundo AV, Gondim DGA, Caubi AF. Tratamento dos ferimentos faciais. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-fac. 2007;7:9-16.
Singh V, Malkunje L, Mohammad S, Singh N, Dhasmana S, Das SK. The maxillofacial injuries: A study. Natl J Maxillofac Surg. 2012;3(2):166-71.
Prashanth NT, Raghuveer HP, Kumar RD, Shobha ES, Rangan V, Hullale B. Posttraumatic stress disorder in facial injuries: A comparative study. J Contemp Dent Pract. 2015;16(2):118–25.
Oliveira LC, Valle LSEMB, Silva MA, Couto JN, Figueiredo CMBF, Machado T, Bassi APF, Ponzoni D. Lesões traumáticas em tecidos moles: abrasão, contusão e laceração. Arch Health Invest.2017:6 (Special Issue 5):19
Benevides BS. Remoção de corpo estranho transfixante em dorso nasal: relato de caso. RFO UPF. 2019;24(3):434-38.
Miloro M, Ghali GE, Larsen EP, Waite DP. Princípios De Cirurgia Bucomaxilofacial Peterson 3.ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koongn;2016.
Leite Segundo AV, Gondim DGA, Caubi, AF. Tratamento dos ferimentos faciais. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac. 2007;7(1):9-16.
Jardim ECG, Silva HCL, Pereira TTM, Masocatto DC, Oliveira MM, Mendonça JCG. Treatment of midfacial fractures associated with extensive injury. Arch Health Invest. 2014;3(3):1-7.
Bleck TP. Tetanus: pathophysiology, management, and prophylaxis. Dis Mon. 1991:37:545-603.
Blaich A, Hellwig B, Bogdan C. Tetanus following an abrasion injury. Dtsch Med Wochenschr. 2006;131:979-81.
Barbosa LM, Arruda CVB, Fonseca ELG, Pinto OS, Oliveira LML, Cunha JS et al. Tratamento de lesão extensa em face decorrente de trauma. Relato de caso. BJHR. 2020;3(3):5321–5330.
Dantas RF, Dias MAP, Dantas Filho MDO, Ribeiro, ED, De Andrade GSS. Lesão de tecidos moles causada por arma branca – Revisão de literatura. Rev Odontol Univ Cid São Paulo. 2017;25:(1):40.
16.Lammers RL, Hudson DL, Seaman ME. Prediction of traumatic wound infection with a neural network-derived decision model. Am J Emerg Med. 2003;21(1):1-7.
17.American College of Emergency Physicians. Clinical policy for the initial approach to patients presenting with penetrating extremity trauma. Ann Emerg Med. 1999;33(5):612-36.
Wedmore IS. Wound care: modern evidence in the treatment of man’s age-old injuries. Emerg Med Pract. 2005;7(3):1-22.