Círculo de palestras à comunidade da Faculdade de Odontologia do Campus de Araçatuba

Resumo

Nos países desenvolvidos foram criadas várias políticas de combate ao trauma visando, sobretudo, sua prevenção, visto que é a forma mais eficiente de evitá-lo. No Brasil, o processo de política de combate ao trauma evolui de maneira lenta. Apesar das mudanças ocorridas a partir do Código de Trânsito Brasileiro em 1998, mesmo havendo uma redução dos coeficientes de mortalidade nas principais capitais brasileiras nos últimos anos, os acidentes de trânsito ainda causam grande morbimortalidade no país. Toda prevenção precisa de uma abordagem intersetorial e multidisciplinar. Dessa forma, para que se tenha efetividade na prevenção dos agentes etiológicos do trauma bucomaxilofacial faz-se necessária a prática de medidas educativas que visam expor, além dos eventos isolados, a assistência prestada em níveis pré-hospitalar, hospitalar e de reabilitação, fazendo com que a população vivencie as consequências de tais acidentes, identificando os fatores etiológicos que os geraram. Acredita-se que a prevenção de fatores que predispõem os acidentes de trânsito, a violência e o uso excessivo do álcool e dos entorpecentes poderia diminuir a incidência dos traumas bucomaxilofaciais na população. Diante disso, o CIRPACfoa, como ferramenta de prevenção, além de ser um projeto de extensão, tem objetivado: 1) Ensinar, educar e orientar os alunos da graduação e da pós-graduação para que transmitam à população as inúmeras causas, tipos e tratamentos dos traumas bucomaxilofaciais, 2) Educar a população, especialmente constituída por jovens e adultos, para que seja informada sobre a rotina existente no atendimento de pacientes portadores de traumas bucomaxilofaciais pela Faculdade de Odontologia de Araçatuba, apontando os principais fatores etiológicos desencadeantes, tais como, acidentes de trânsito, uso do álcool e violência. Desde 2009 a disciplina de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia de Araçatuba organiza um Círculo de palestras sobre os principais agentes etiológicos desencadeantes dos traumas ministradas a um público jovem. Em 2009 foram realizadas 16 palestras, em 2010 foram 64, em 2011 foram 124 e em 2012 foram 84 palestras. Pesquisas concomitantes têm demonstrado que 98% de ouvintes entrevistados aprovam o CIRPAC. A ferramenta está sendo divulgada a outras instituições de ensino, uma vez que ela pode ser utilizada por alunos de graduação e por cirurgiões dentistas generalistas, possuindo potencial para atingir um número cada vez maior de pessoas e por contribuir para a conscientização da população sobre os traumas bucomaxilofaciais e sua etiologia.