Reconstrução de maxila atrófica e reabilitação com implantes osseointegráveis utilizando enxerto ósseo autógeno de calvária – relato de caso

Resumo

A utilização de implantes osseointegráveis no tratamento do edentulismo maxilar vem sendo amplamente discutida,principalmente com oadvento de novos materiais e técnicas cirúrgicas.Com a ausência de elementos dentários o rebordo alveolar perde o estímulo fisiológico para sua manutenção, sofrendo gradual remodelação e atrofia. As técnicas de reconstrução maxilar, visando às fixações convencionais em locais onde há déficit na estrutura alveolar em altura e espessura, proporcionam a instalação de implantes em maior quantidade, melhor posicionamento e, consequentemente, melhor distribuição biomecânica. Para tanto, são empregados enxertos ósseos autógenos, homógenos, xenógenos ou aloplásticos, em que as principais características relacionadas aos tecidos doadores que aumentam a previsibilidade de sucesso são a biocompatibilidade, a disponibilidade e o seu poder osteogênico. Tendo em vista os enxertos autógenos reunirem todos estes requisitos de forma proporcional, o presente trabalho tem com objetivo relatar um caso de paciente do gênero feminino, 60 anos,que procurou atendimento para reabilitação bucal,queixando-se de ausência de estabilidade das próteses totais. Constatou atrofia severa dos maxilares, o qual foi proposto o tratamento de reabilitação com prótese sobre implantes osseointegráveis. Foi realizada, sob anestesia geral, o enxerto ósseo na maxila retirada de calvária e, aguardou-se o período de cicatrização para posterior instalação de implantes, obtendo nos controles pós-operatórios, satisfatório restabelecimento do sistema estomatognático.