Há Diferença no Padrão de Apresentação das Fraturas do Rádio Distal em um Hospital Terciário?

Autores

  • Osvaldo Gomes dos Santos-Júnior Médico Residente em Cirurgia da Mão, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP) 14040-906 Ribeirão Preto - SP, Brasil https://orcid.org/0009-0000-6282-0248
  • Gabriela Monteiro-Oliveira Médica Residente em Ortopedia e Traumatologia, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP) 14040-906 Ribeirão Preto - SP, Brasil https://orcid.org/0000-0003-4110-0318
  • Victor Shelman de Souza Rosado Amaral Médico Residente em Ortopedia e Traumatologia, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP) 14049-900 Ribeirão Preto -SP, Brasil https://orcid.org/0009-0002-0264-5622
  • Vinícius Unser Médico Residente em Ortopedia e Traumatologia, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP) 14049-900 Ribeirão Preto -SP, Brasil https://orcid.org/0000-0001-8141-7825
  • Sara Dadona Correia Serrano Mestranda, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP); Médica Assistente da Divisão de Cirurgia da Mão, Microcirurgia e do Membro Superior do Complexo HC-FMRP-USP da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP) 14049-900 Ribeirão Preto -SP, Brasil https://orcid.org/0000-0003-0739-6522
  • Ricardo Lucca Cabarite Saheb Médico Assistente da Divisão de Cirurgia da Mão, Microcirurgia e do Membro Superior do Complexo HC-FMRP-USP da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP) 14049-900 Ribeirão Preto -SP, Brasil https://orcid.org/0000-0001-5914-5026
  • Luis Guilherme Rosifini Alves Rezende Professor Doutor, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Aplicadas ao Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP); Responsável pela Residência Médica, pelo Grupo e Divisão de Cirurgia da Mão, Microcirurgia e Cirurgia do Membro Superior, Departamento de Ortopedia e Anestesiologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP), Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (FMRP-USP) 14040-906 Ribeirão Preto - SP, Brasil https://orcid.org/0000-0002-2037-0135

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v14i1.6535

Palavras-chave:

Fratura do rádio, Anatomia, Tomografia, Fratura do Punho

Resumo

Introdução: As fraturas mais comuns nos membros superiores são as fraturas da extremidade distal do rádio. Com acometimento bimodal, são ocasionadas em geral por traumas de baixa energia em pacientes idosos e alta energia em pacientes jovens. Nos casos em que há acometimento articular e cominuição articular, a escolha do implante no tratamento cirúrgico torna-se um desafio para médicos ortopedistas e cirurgiões de mão. Diante disso, a placa de distração dorsal tem sido utilizada como uma opção apresentando bons resultados funcionais. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado em um hospital terciário por meio de revisão de prontuários de 2020 a 2024 de pacientes com fratura do rádio distal AO/OTA 2R3C3 tratados com placa de distração dorsal do tipo LCP (low compression plate) 3,5mm. Resultados: Houve prevalência de pacientes do sexo masculino, com predominância do trauma de alta energia, sendo o acidente de trânsito responsável por 80% dos casos. Os pacientes foram avaliados após a retirada do implante pelo escore de Quick-Dash, Escala Visual Analógica de Dor (EVA) e Patient Rated Wrist Evaluation (PRWE), apresentando resultados satisfatórios. Conclusão: Diante da dificuldade encontrada no tratamento de fraturas complexas da extremidade distal do rádio, a placa de distração apresenta-se como uma boa opção no tratamento cirúrgico desta patologia ortopédica.

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Publicado

2025-01-13

Como Citar

Santos-Júnior, O. G. dos, Monteiro-Oliveira, G., Amaral, V. S. de S. R., Unser, V., Serrano, S. D. C., Saheb, R. L. C., & Rezende, L. G. R. A. (2025). Há Diferença no Padrão de Apresentação das Fraturas do Rádio Distal em um Hospital Terciário?. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 14(1), 7–12. https://doi.org/10.21270/archi.v14i1.6535

Edição

Seção

Original Articles