Efeito de substâncias antifibrinolíticas na osseointegração promovida por implantes instalados sem estabilidade primária

Resumo

O titânio é largamente empregado na fabricação de implantes dentários graças às suas propriedades mecânicas e estabilidade química derivadas da camada passiva de TiO2 formada após sua inserção nos tecidos. A ativação da cascata de coagulação é imediata à implantação de biomateriais em tecidos duros e moles e seu contato com sangue. Atribui-se à trombogenicidade do titânio papel decisivo na sua osseointegração. Avaliou-se o papel do ácido tranexâmico na geração do coágulo sanguíneo, formação óssea e osseointegração de implantes dentários. Defeitos com 2,2 mm de diâmetro e 3,2 mm de comprimento, foram criados na tíbia direita de 20 ratos. Metade dos defeitos não receberam tratamento e na outra metade foi realizado tratamento com ácido tranexâmico. Implantes de 2,1 mm de diâmetro e 3,1 mm de comprimento foram colocados em todos os defeitos. As peças foram processadas em metilmetacrilato (azul de Stevenel / vermelho de Alizarina S). Para avaliar o percentual perimplantar de reparação tecidual foi realizada análise de imagens obtidas por microscópio óptico acoplado a câmera digital usando software Leica e Adobe Photoshop QWin. Os dados foram analisados estatisticamente a 5%. Resultados histomorfométricos exibiram 55,89% de contato osso/implante para GI e 62,56% para GII. Concluiu-se que os resultados sugerem favorecimento da geração do coágulo sanguíneo, formação óssea e osseointegração pela ação do ácido tranexâmico, aumentando a capacidade osteogênica dos implantes de titânio.

Palavras-chave

Implantes dentários; Ácido Tranexâmico; Osseointegração