Aplicabilidade do enxerto mento nas reconstruções ósseas alveolares

Resumo

Introdução: Os enxertos ósseos podem ser autógenos (mesmo indivíduo), alógenos (mesma espécie), xenógenos (diferentes espécies) e aloplásticos (sintéticos). O enxerto autógeno é considerado o padrão-ouro nas reconstruções ósseas, já que é o único a fornecer ao leito receptor células com capacidade de neoformação ósseas, fatores de crescimento, além de um arcabouço ósseo imunologicamente idêntico. Tem ainda a capacidade de restaurar a estabilidade estrutural e sua mecânica original. A região do mento se configura como boa área doadora quando se necessita de enxerto em bloco e a necessidade de material a ser obtido é maior que 4mm de espessura e quando a região receptora estiver próxima, facilitando incisão e retalho. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de reabilitação na região anterior de maxila que não possuía osso suficiente para suportar implantes. Relato de caso: Paciente JOL, gênero masculino, 57 anos, com perda dentária na região anterior de maxila há décadas. Procurou tratamento reabilitador e na tomografia observou-se que a espessura óssea era insuficiente para receber os implantes. Foi submetido à remoção de dois blocos ósseos da sínfise, que foram fixados com parafuso. Foi ainda aposicionado osso xenógeno particulado para preencher as arestas do bloco e o conjunto foi coberto com membrana de colágeno, para funcionar como barreira e impedir a migração de células indesejáveis para o interior da regeneração. Após 08 meses foi constatado tomograficamente a viabilidade do osso enxertado e o paciente foi submetido à instalação de 04 implantes osseointegráveis cone morse na região anterior de maxila. Após 06 meses o paciente foi reabilitado com coroas em porcelana, fixas e individualizadas. Considerações finais: Pelo exposto, podemos concluir que a região do mento se apresenta como uma área doadora viável para remoção de pequenos enxertos em bloco.

Descritores: Regeneração Óssea; Maxila; Implantes Dentários.