Lateralização do nervo alveolar inferior como uma alternativa a instalação de implantes osseointegrados na região posterior da mandibula: relato de caso

Resumo

Introdução. A reabilitação oral aplicada pela técnica de lateralização do nervo alveolar inferior em casos de atrofia óssea vertical promove o restabelecimento funcional e colocação de implantes longos. A simulação do caso é auxiliada pela tecnologia da prototipagem, que permite avaliar a condição anatômica, garantindo a segurança na execução da técnica. Devem-se atentar as possíveis complicações durante a transposição nervosa, os quais ocasionam eventuais alterações neurossensoriais. Relato de caso: Paciente, E. C. T., 75 anos, gênero feminino, leucoderma, compareceu ao Centro de Pós Graduação em Odontologia (CPGO), queixando-se de dificuldade e dor na mastigação, além de má adaptação a prótese parcial removível. Ao exame clínico observou-se ausência dos elementos 33,34,35,36 e 37. Solicitou-se Tomografia Computadorizada (TC) de feixe cônico para avaliação de altura de rebordo, constatando atrofia óssea vertical. Foram propostas três possibilidades à paciente: os enxertos ósseos, sendo estes desvantajosos devido a um tempo cirúrgico prolongado; implantes curtos, não indicados devido a espessura da cortical óssea incompatível com aplicação de implantes e lateralização nervosa, sendo esta o procedimento de escolha. A paciente mostrou-se receptiva diante das limitações, como parestesia. Realizou-se a prototipagem e posteriormente a fase cirúrgica sob anestesia local infiltrativa e troncular do NAI com incisão na crista óssea alveolar e relaxante na região distal do incisivo lateral, descolando o retalho, seguida de uma osteotomia em forma de retângulo removendo a cortical óssea e curetagem do osso esponjoso, expondo o feixe nervoso e lateralizando-o por meio de fita cardíaca. Foi feita a instalação dos implantes, sendo no elemento 33,34 e 35 Cone Morse torq de 3,5x11,5mm e no elemento 37 cone Morse flash de 3,5 x13 mm, ambos do fabricante Conexão e travamento cortical de 35N . A janela óssea foi recoberta por membrana de colágeno e retalho mucoperiosteal. A paciente apresentou parestesia, sendo normalizada após uma semana de procedimento cirúrgico.  O pós-operatório foi checado com radiografia panorâmica, e após um mês foi realizada a abertura e instalação de cicatrizadores. Transcorrido o tempo de cicatrização, os passos protéticos foram iniciados. Considerações Finais. A técnica de lateralização apresentou resultado satisfatório, uma vez que a lateralização do nervo alveolar inferior promovendo a colocação de implantes de forma segura e eficaz.

Descritores: Implante; Prototipagem; Reabilitação.