Avaliação microbiológica de cones de guta-percha: estudo in vitro

Autores

  • Mariana Ramos Guedes Cirurgiã-Dentista. Departamento de Odontologia, Centro Universitário – UNIFIP 58704-000 Patos/PB, Brasil
  • Péricles Natanael Fernandes de Medeiros Curso de Graduação em Odontologia. Departamento de Odontologia, Centro Universitário – UNIFIP 58704-000 Patos/PB, Brasil
  • Mayanne Leite da Costa Curso de Graduação em Odontologia. Departamento de Odontologia, Centro Universitário – UNIFIP 58704-000 Patos/PB, Brasil
  • Ingryd Sales Morais Curso de Graduação em Odontologia. Departamento de Odontologia, Centro Universitário – UNIFIP 58704-000 Patos/PB, Brasil
  • Jéssica Lucena Freitas Cirurgiã-Dentista. Departamento de Odontologia, Centro Universitário – UNIFIP 58704-000 Patos/PB, Brasil
  • Gabriel Leite Rafael de Aragão Cirurgião-Dentista. Departamento de Odontologia, Centro Universitário – UNIFIP 58704-000 Patos/PB, Brasil
  • José Henrique de Araújo Cruz Cirurgião-Dentista. Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG 58708-110 Patos/PB, Brasil
  • Priscila Medeiros Bezerra Professora Mestre do Curso de Graduação em Odontologia. Departamento em Odontologia, Faculdades Integradas de Patos, FIP 58416-440 Campina Grande-PB, Brasil
  • Paula Vanessa da Silva Professora Doutora do Curso de Graduação em Odontologia. Departamento em Odontologia, Faculdades Integradas de Patos, FIP 58416-440 Campina Grande-PB, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v10i4.4772

Palavras-chave:

Endodontia, Guta-Percha, Desinfecção

Resumo

A maior causa da necessidade de retratamento endodôntico é a resistência microbiana ao preparo químico-mecânico e aos materiais obturadores. Sendo importante avaliar o padrão de desinfecção dos cones de guta-percha utilizadas na obturação endodôntica, para que se obtenha a máxima desinfecção durante o tratamento. O objetivo do presente trabalho foi verificar a desinfecção dos cones de guta-percha utilizados na obturação endodôntica através de um estudo in vitro. Para tal, utilizou-se a seguinte metodologia: a amostra foi constituída por 45 cones de guta-percha, da 2° série (Dentsply®), dividida em duas coletas, uma inicial e outra final, a qual foi dividida em três grupos G1 (água destilada), G2 (hipoclorito de sódio) e G3 (clorexidina). Em cada grupo, foi utilizada uma substância de desinfecção, exceto no G1 (grupo controle). Inicialmente a análise foi realizada para verificar a esterilização dos cones em embalagens lacradas e posteriormente verificar a redução de microrganismos presentes nos cones de guta-percha, após o uso das soluções desinfectante. Os resultados dessa pesquisa evidenciaram que mesmo embalagens lacradas podem apresentar insucesso na esterilização dos cones, e que soluções de Hipoclorito de Sódio 2,5% e Clorexidina 2% foram eficazes em 75% dos casos, na desinfecção dos cones de guta-percha. Concluiu-se que, é necessária a desinfecção dos cones de guta-percha apesar de serem conduzidos em condições assépticas, e que ambas as soluções desinfectante foram eficazes na descontaminação prévia dos cones de guta-percha.

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Publicado

2021-04-05

Como Citar

Guedes, M. R., Medeiros, P. N. F. de, Costa, M. L. da, Morais, I. S., Freitas, J. L., Aragão, G. L. R. de, Cruz, J. H. de A., Bezerra, P. M., & Silva, P. V. da. (2021). Avaliação microbiológica de cones de guta-percha: estudo in vitro. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 10(4), 515–521. https://doi.org/10.21270/archi.v10i4.4772

Edição

Seção

Original Articles