DESEMPENHO CLÍNICO DE COROAS UNITÁRIAS MONOLÍTICAS IMPLANTOSSUPORTADAS DE DISSILICATO DE LÍTIO E ZIRCÔNIA. UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
Palavras-chave:
Revisão Sistemática, Cerâmica, Monolítica, MetalocerâmicaResumo
O objetivo dessa revisão sistemática foi avaliar o desempenho clínico das coroas unitárias monolíticas implantossuportadas de dissilicato de lítio e zircônia em relação à taxa de sobrevida e complicações protéticas. Esse trabalho seguiu os itens de reporte do PRISMA e registrou o protocolo de condução na base PROSPERO. Dois revisores avaliaram de maneira independente em quatro bases de dados para estudos publicados até junho de 2020. A questão em foco foi: “As coroas unitárias monolíticas implantossuportadas têm desempenho clínico favorável independente da cerâmica utilizada?”. As meta-análises de braço único e comparativo foi realizada utilizando o software R. O risco e viés e a qualidade dos estudos foi avaliada usando as ferramentas da Cochrane e a escala Newcastle-Ottawa. Quatorze estudos foram selecionados, totalizando 621 coroas únicas monolíticas restauradas em 623 pacientes com acompanhamento entre 12–60 meses. Sete estudos avaliaram 378 coroas monolíticas em dissilicato de lítio monolítico, e outros sete 243 coroas monolíticas em zircônia. Desses, quatro estudos compararam coroas monolíticas de zircônia e metalocerâmicas. A meta-análise indicou similaridade na proporção de falhas de próteses entre as coroas monolíticas de dissilicato de lítio (1%; Intervalo de Confiança [IC]: 1–4%; I 2=4%; P=1.00) e zircônia (2%; IC: 1–5%; I2=0%; P=1.00). Em relação as taxas de complicações protéticas as coroas monolíticas de dissilicato de lítio (2%; IC 1–4%; I2=0%; p=0.99) foram similares as de zircônia (4%; IC: 2–7%; I2=0%; p=0.99). As coroas monolíticas de zircônia apresentam taxas de sobrevida (P=0.44 Relação de Risco [RR]: 1.93; IC: 0.36–10.27; I²=0%) e complicações protéticas (P=0.19 RR: 0.34; CI: 0.14–0.84; I²=37%) similares as coroas metalocerâmicas. Portanto, as coroas unitárias monolíticas implantossuportadas podem ser consideradas um tratamento efetivo, independentemente do material restaurador utilizado. Entretanto, mais estudos clínicos são recomendados.
Apoio Financeiro: FAPESP 2015/24442-8