Laser de Baixa Potência como Terapia Protagonista em Alodinia Facial: Relato de Caso

Resumo

A alodinia é uma dor evocada por um estímulo inócuo, e pode ser causada por lesões no sistema de transmissão ou por danos do sistema de modulação, como hematomas após trauma em face, que podem agir com efeito de massa comprimindo terminações nervosas. A terapia com laser de baixa potência ou fotobiomodulação (FBM) é um método não invasivo e recomendado para dor e regeneração tecidual devido ao seu efeito biomodulador. O presente caso vem relatar o papel da laserterapia no tratamento de alodinia. Mulher de 30 anos que reportou dor exacerbada na região infraorbital e zigomática direita sem melhora, 13 dias após um acidente motociclístico. Ao exame físico notou-se hematoma na região infraorbitária e zigomática direita, e hiposfagma em olho direito, sem sinais clínicos e radiográficos de fratura em ossos da face. Realizou-se drenagem intraoral de hematoma, com prescrição de antibióticos e analgésicos, mantendo o dreno por 3 dias. No retorno para remoção do dreno e reavaliação, a paciente relatou pouca melhora na dor, após um novo exame notou-se que toda a região inervada pelo nervo infraorbital estava em um quadro de alodinia, de modo que qualquer toque sutil na região gerava uma intensa sensação dolorosa. A terapia com laser de baixa potência foi iniciado, por meio da luz infravermelha (808 nm, 100Mw, 28 segundos e 2,8 J por ponto), além da prescrição de complexo vitamínico B. Após duas sessões de laserterapia, a paciente referiu significativa melhora clínica, com redução da Escala Visual Analógica (EVA) de 10 para 6. Apresentou melhora progressiva ao longo das sessões, com completa resolução da dor após 1 mês. Portanto, a fotobiomodulação mostrou ser uma terapia efetiva na resolução da alodinia facial e dever ser aplicado na clínica diária.