Aspectos clínicos e fisiopatológicos da Doença de Huntington

Autores

  • Anderson Martelli

Resumo

A doença de Huntington (DH) é a mais comum das doenças neurodegenerativas autossômicas dominantes com início na idade adulta. Clinicamente caracteriza-se por alterações motoras, neuropsíquicas e deterioração cognitiva progressiva, sintomas estes que se associam a atrofia seletiva do estriado e do córtex cerebral. A presente revisão faz uma descrição sobre a DH abordando os aspectos clínicos e fisiopatológicos do acúmulo de huntingtina nos portadores desta doença. A pesquisa foi realizada a partir de uma revisão bibliográfica da literatura especializada, sendo consultado artigos científicos localizados nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs e o portal de Periódicos CAPES publicados até 2013 e adicionalmente consulta de livros acadêmicos para complementação da pesquisa além de referências cruzadas dos artigos selecionados. A DH é causada por uma mutação no terminal 5’ do gene da huntingtina, que consiste numa expansão instável do tripleto CAG (citosina-adenina-guanina). Os complexos mecanismos que levam à degeneração e morte neuronal não estão completamente elucidados e, como tal, não existe até ao momento qualquer tratamento curativo ou que modifique o curso inexorável da doença.

Descritores: Doença de Huntington; Proteínas Mutantes; Glutamina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ximenes BAA, Teixeira EH. Doença de Huntington: aspectos diagnósticos e implicações éticas. Campinas. Rev Ciênc Méd. 2009; 18:287-91.

Gil-Mohapel JM, Rego AC. Doença de Huntington: Uma Revisão dos Aspectos Fisiopatológicos. Rev Neurocienc. 2011;

Ho LW, Carmichael J, Swart J, Wyttenbach A, Rankin J, Rubinsztein DC. The molecular biology of Huntington’s disease. Psychol Med. 2001; 31:3-14.

Barsottini OGP. Doença de Huntington. O que é preciso saber? Einstein: Educ Contin Saúde. 2007; 5:83-88.

Ferraz CCB, Ortega FB, Reis MG dos et al. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente com doença de huntington: relato de experiência. Rev Enferm UFPE. 2013; 7::4796-800.

Krobitsch S, Kazantsev AG. Huntington's disease: From molecular basis to therapeutic advances. Int J Biochem Cell Biol. 2011; 43:20-4.

Spitz M. Doença de Huntington e outras coréias Rev Hosp Univ Pedro Ernesto, UERJ. 2010; 9.

Ramos-Arroyo MA, Moreno S, Valiente A. Incidence and mutation rates of Huntington’s disease in Spain: experience of 9 years of direct genetic testing. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2005; 76:337-342.

Rodrigues GR, Walker RH, Bader B, Danek A, Brice A, Cazeneuve C. et al . Clinical and genetic analysis of 29 Brazilian patients with Huntington's disease-like phenotype. Arq. Neuro-Psiquiatr. 2011; 69: 419-423.

Maciel ROH, Cardoso FEC, Chana-Cuevas P, Cosentino C, Fernandez W, Rieder CRM. et al . Care of patients with Huntington's disease in South America: a survey. Arq. Neuro-Psiquiatr. 2013; 71:368-370.

Rosales-Reynoso MA, Barros-Núñez P. Diagnóstico molecular de la enfermedad de Huntington. Gac Méd Méx. 2008; 144: 271-273.

Shannon K. Huntington’s disease and other choreas. Continuum: Lifelong Learning Neurol. 2004; 10:65-89.

Wild EJ, Tabrizi SJ. The differential diagnosis of chorea. Pract Neurol 2007; 7:360-73.

Vonsattel JP, DiFiglia M. Huntington disease. J Neuropathol Exp Neurol. 1998; 57:369-84.

Doença de Parkinson - Aspectos Celulares. Apoptose em doenças neurodegenerativas. Disponível em: <http://www.virtual.unifesp.br/unifesp/apoptose/restrito/parkinson_celular3.htm > Acesso em: 15 jun 2014.

Paulsen J. Functional imaging in Huntington's disease. Exp Neurol. 2009; 216: 272-7.

Huntington's Disease. Disponível em: <http://medgen.genetics.utah.edu/photographs/pages/huntington.htm > Acesso em: 20 mai 2014.

Han I, You Y, Kordower JH, Brady ST, Morfini GA. Differential vulnerability of neurons in Huntington's disease: the role of cell type-specific features. J Neurochem. 2010; 113:1073-91.

Berardelli A, Noth J, Thompson PD, Bollen EL, Curra A, Deuschl G, et al. Pathophysiology of chorea and bradykinesia in Huntington's disease. Mov Disord, 1999; 14:398-403.

Heinsen H, Strik M, Bauer M, Luther K, Ulmar G, Gangnus D, et al. Cortical and striatal neurone number in Huntington's disease. Acta Neuropathol. 1994; 88:320-33.

Ferrante RJ, Gutekunst CA, Persichetti F, McNeil SM, Kowall NW, Gusella JF, et al. Heterogeneous topographic and cellular distribution of huntingtin expression in the normal human neostriatum. J Neurosci, 1997; 17:3052-63.

Fusco FR, Chen Q, Lamoreaux WJ, Figueredo-Cardenas G, Jiao Y, Coffman JA, et al. Cellular localization of huntingtin in striatal and cortical neurons in rats: lack of correlation with neuronal vulnerability in Huntington's disease. J Neurosci, 1999; 19:1189-202.

DiFiglia M, Sapp E, Chase KO, Davies SW, Bates GP, Vonsattel JP, et al. Aggregation of huntingtin in neuronal intranuclear inclusions and dystrophic neurites in brain. Science. 1997; 277:1990-3.

Zuccato C. Valenza M. Cattaneo E. Molecular mechanisms and potential therapeutical targets in Huntington's disease. Physiol Rev, 2010; 90:905-81.

Sales AA. Aspectos éticos dos testes preditivos em doenças de manifestação tardia. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. 2010; 10:271-277.

Barsottini OGP, Ferraz HB. Síndromes coréicas. In: Borges DR, Rothschild HA, organizadores. Atualização terapêutica. São Paulo: Artes Médicas; 2005. p. 1083-6.

Gonçalves NFC. Doença de Huntington: uma revisão [Dissertação] Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal; 2013

Kim SU. Genetically engineered human neural stem cells for brain repair in neurological diseases. Brain Dev. 2007; 29:193-201

Downloads

Publicado

2014-11-24

Como Citar

Martelli, A. (2014). Aspectos clínicos e fisiopatológicos da Doença de Huntington. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 3(4). Recuperado de https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/687

Edição

Seção

Artigos