Resistência à fadiga de soldas executadas em Ti-6Al-4V variando design de união

Abstract

Este estudo avaliou a resistência à fadiga de estruturas confeccionadas em Ti-6Al-4V (usinadas), submetidas à soldagem a laser (L) e à TIG (TIG), com variação de design das uniões, e correlacionou esses resultados com dados obtidos em análise radiográfica dessas soldas. Foram obtidos 70 halteres com 3,5 mm de diâmetro. Esses foram seccionados, realinhados e soldados, formando 7 grupos (n=10): G1- Intacto; G2- L/design em I com 0,0mm de distância entre as partes (I00); G3- L/ design em I com 0,6mm de distância (I06); G4- L/ design em X (X); G5- TIG/I00; G6- TIG/I06; G7- TIG/X. As uniões soldadas foram submetidas à análise radiográfica, para verificação de poros no interior das soldas. Foi realizado o ensaio de resistência à fadiga, e o número de ciclos até a fratura foi registrado. As superfícies de fratura foram analisadas em microscópio eletrônico de varredura. Os testes de Kruskal-Wallis e Dunn (α=0,05) mostraram que para ambos os procedimentos de soldagem, a pior maneira de se realizar a união se dá com I00, e a melhor, com X (p<0,05). O coeficiente de correlação de Spearman (α=0,05) indicou correlação negativa entre número de ciclos e presença de poros nas radiografias. Assim, a união soldada com X deve ser empregada quando se solda a TIG corpos de prova de 3,5 mm de diâmetro. Já quando se solda a laser em diâmetros, pode se empregar os designs em I06 ou em X.

Palavras-chave

Soldagem em Odontologia; Próteses e Implantes; Fadiga