Or 17. Utilização de Extratos Plantas no Controle In Vitro de Micro-Organismos Componentes da Microbiota Oral

Authors

  • Glisely Andrea Bonfim Santos
  • Dora Inês Kozusny-Andreani

Abstract

Introdução: A microbiota oral de humanos é composta por diversos de micro-organismos entre bactérias e leveduras, que convivem de forma equilibrada na cavidade bucal. Estes micro-organismos podem ser responsáveis por diversas enfermidades na própria cavidade oral e também por envolvimentos sistêmicos. O Streptococcus mutans, bactéria Gram-positiva, relacionado como agente etiológico da cárie e gengivite. O Enterococcus faecalis, bactéria Gram-positiva, associado a infecções endodônticas, capaz de penetrar nos túbulos dentinários. No controle destas bactérias são, bastante, utilizadas substancias como a clorexidina e os fluoretos; outras ainda pouco exploradas, como os extratos vegetais. A clorexidina, embora seja um excelente antimicrobiano, devido a seus efeitos colaterais, não é recomendado seu uso prolongado. Daí a necessidade de se buscar novas substâncias que sejam eficazes no controle da microbiota bucal, mas sem efeitos colaterais A pesquisa objetivou utilizar extratos de plantas medicinais no controle in vitro de Enterococcus faecalis, Streptococcus mutans. e  Candida albicans. Material e Métodos: Para obtenção dos extratos etanólicos foram empregadas folhas de Aroeira-vermelha, Jatobá-do-Cerrado, Barbatimão, Barú, Copaibeira, Ipê-amarelo, ipê roxo, Ipê-branco, Jenipapo, Pequizeiro.  A eficiência dos extratos foi avaliada frente as cepas padrão de de Enterococcus faecalis ATCC 18211,  Streptococcus mutans ATCC 25175 e Candida albicans ATCC 25923. Para os testes de suscetibilidade, os inóculos foram preparados em meio BHI, incubadas a 37o por 24 horas. Os testes de suscetibilidade foram realizados pelo método de microdiluição seguindo as recomendações do Manual Clinical and Laboratory Standards Institute. Suspensões bacterianas foram preparadas em solução de NaCl (0,5%) e ajustadas ao tubo 0,5 da escala de McFarland, que corresponde aproximadamente a 1,5 x 108 UFC mL-1. A concentração inibitória mínima (CIM) foi considerada como a menor concentração do extrato capaz de inibir o desenvolvimento bacteriano. Para determinação da concentração mínima bactericida (CMB) foram transferidos 100µL de cada poço para placas de Petri contendo TSA, incubados a 37oC por 24 h. A CMB, foi considerada a concentração que não apresentou crescimento. Após obtenção da CIM e a CMB realizou-se o teste de sobrevivência que consistiu em avaliar a inibição do crescimento bacteriano na presença dos extratos em função do tempo. Resultados e discussão: Os testes de eficácia evidenciaram que concentrações baixas dos extratos de aroeira vermelha (12,5%), ipê amarelo (12,5%) e ipê roxo (3,125%) inibiram o crescimento de E. faecalis, enquanto que os demais extratos apresentaram CIM e CMB entre 25% e 50 %. A atividade antibacteriana frente a S. mutans foi verificada em concentrações entre 25 e 50% na maioria dos extratos, exceto o de ipê amarelo que apresentou CIM e CBM de 12,5%. A CIM e CBM dos extratos no controle de C. albicans foi de 25% (barbatimão e ipê branco) e de 50% (demais extratos) Verificou-se para a eliminação de todas as células bacterianas e leveduriformes foram necessárias 24 horas em contato com o extrato,. O uso da terapia com produtos naturais na odontologia é de extrema relevância, seja pela carência de medicamentos nos postos municipais ou pela dificuldade de acesso da população carente aos medicamentos dispendiosos. Estes fatores levaram alguns estudiosos à investigação do emprego da fitoterapia no tratamento e prevenção de patologias bucais, por apresentar efeitos colaterais mínimos e estar ao alcance de todos.

Descritores: Bactérias Patogênicas; Cavidade Oral; Antimicrobianos Naturais.

Downloads

Download data is not yet available.

Published

2016-12-14

How to Cite

Santos, G. A. B., & Kozusny-Andreani, D. I. (2016). Or 17. Utilização de Extratos Plantas no Controle In Vitro de Micro-Organismos Componentes da Microbiota Oral. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 4. Retrieved from https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/1912