PCCl o12 - Miíase intraoral em pacienteportador de HIV e de sequela de neurotoxoplasmose tratado com Ivermectina

Authors

  • KR Tonini
  • AH Oliva
  • IO Puttini
  • GM Santos
  • WR Pires
  • LP Faverani
  • O Magro Filho
  • IR Garcia Júnior

Abstract

A miíase é definida como uma condição patológica em que as larvas de dípteros são alojadas em hospedeiro causando uma infestação que se alimenta de tecido vivo ou morto durante um certo período dentro do hospedeiro e se desenvolve como parasita. Em humanos, dentre os locais de acometimento,pode-se observar mais comumente em superfícies externas como em ferimentos em pele, olhos e orelhas e mais raramente na cavidade bucal, por ser uma região de pouca exposição ao meio ambiente. A etiologia da miíase oral está geralmente relacionada a fatores locais, como a má higiene bucal, a doença periodontal, a incompetência labial e fatores sistêmicos como déficits neurológicos. O objetivo deste trabalho é relatar uma abordagem conservadora de miíase oral em um paciente portador de HIV e sequela de neurotoxoplasmose. Paciente do sexo masculino, 32 anos, atendido pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial no Pronto-Socorro do Hospital da Santa Casa de Araçatuba, portador de HIV, herpes ocular e com sequela de neurotoxoplasmose apresentando limitações neuromusculares e cognitiva, não contactuante, utilizando-se de sonda enteral para alimentação. Ao exame intrabucal, foi constatada a presença de úlcera palatina com infestação de larvas, caracterizando miíaseintrabucal. O paciente já fazia o uso de coquetel antirretroviral, clindamicina e aciclovir.Ao exame tomográfico sugere-se região hipodensa apenas em mucosa de palato o que pode sugerir que a infiltração da lesão limitava-se à tecido mole.O tratamento proposto, visto a condição sistêmica do paciente, foi internação do paciente e administração de ivermectina 12mg (Vermectina)de 12/12 horas através da sonda nasoenteral e antibióticoterapia (Cefalotina 500mg e Metronidazol 250mg) de 8/8 horas. Ao final do terceiro dia da abordagem, já havia total regressão do quadro de miíase e melhora no aspecto da úlcera. Conclui-se que em pacientes com limitações sistêmicas,  abordagem conservadora sistêmica pode ser efetiva.

Descritores: Miíase; Ivermectina; Toxoplasmose.

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Published

2017-12-30

How to Cite

Tonini, K., Oliva, A., Puttini, I., Santos, G., Pires, W., Faverani, L., Magro Filho, O., & Garcia Júnior, I. (2017). PCCl o12 - Miíase intraoral em pacienteportador de HIV e de sequela de neurotoxoplasmose tratado com Ivermectina. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Retrieved from https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/2761