Ulectomia uma alternativa cirúrgica no retardo da erupção dentária: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v10i3.4706Keywords:
Tooth Eruption, Pediatric Dentistry, Surgery, OralAbstract
O processo de cronologia da erupção dentária é uma parte integrante do crescimento e desenvolvimento infantil. No entanto, o atraso na erupção dos dentes é algo frequente em muitas crianças, sendo necessário o cirurgião-dentista e/ou odontopediatra saber avaliar cada caso. Um dos motivos relacionados a esse atraso é a fibrose gengival, que após uma avaliação clínica e exame radiográfico minuciosos da região, constatando-se ausência de tecido ósseo, opta-se pelo tratamento por meio da técnica de ulectomia, a qual consiste na exérese dos tecidos que revestem a face incisal da coroa dentária de um dente não irrompido, com o objetivo de permitir um caminho livre para esse dente vir a ocupar sua posição na arcada. O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de não irrupimento dos dentes 11 e 21. A paciente compareceu na policlínica da FAMP com a queixa de ausência dos dentes da frente, que após o exame clínico e radiográfico, observou-se que tratava de um retardo de erupção devido a um fibrosamento gengival e sem osso recobrindo esses dentes. O tratamento proposto foi a ulectomia, com a exposição das incisais desses dentes, propiciando a movimentação eruptiva. A paciente ficou em acompanhamento por 6 meses. Conclui-se que frente a possíveis casos de retardo na erupção, a ulectomia se mostra como uma excelente escolha de tratamento, pela sua técnica simples, de recuperação e resultados rápidos, devolvendo para a paciente função e estética. O cirurgião dentista precisa estar apto para fazer um correto diagnóstico e tratamento nesses casos.
Downloads
References
Lin YTJ. Treatment of an impacted dilacerated maxillary central incisor. Am J Orthod Dentofacial Orthop.1999;115(4):406-9.
Noronha MP, Stuani MBS, Stuani AS, Sant´Anna EF. Tracionamento ortodôntico do incisivo central superior. Relato de caso clínico. J Bras Ortodon Ortop Facial. 2002;7(40):339-43.
Suri S, Utreja A, Rattan V. Orthodontic treatment of bilaterally impacted maxillary canines in an adult. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2002;122(4):429-37.
Kurol J. Early treatment of tooth-eruption disturbances. Am J Orthod 2002;121(6):588-91.
Betts A, Camilleri A. A review of 47 cases of unerupted maxillary incisors. Int J Paediatric Dent. 1999;9(4):285-92.
Oliveira MG, Weismann R, Júnior ANS, Cerqueira A, Somacal TP. Métodos diagnósticos em retenções dentárias maxilares:relato de 2 casos. Rev Fac Odonto da UFBA. 1999;18:72-5.
Guedes-Pinto AC. Odontopediatria. São Paulo: Santos; 2003.
Guedes-Pinto AC. Odontopediatria clínica. Série EAP-APCD. São Paulo: Artes Médicas; 1998.
Issao M, Guedes-Pinto AC. Manual de Odontopediatria.9.ed. São Paulo: Pancast; 1994.
Guedes-Pinto AC. Odontopediatria. 6. ed. São Paulo: Ed. Santos; 1999.
Poricelli E, Ponzoni D. Cirurgia bucal pediátrica. In: Toledo OA. Odontopediatria: fundamentos para a prática clínica. 3.ed. São Paulo: Premier; 2005.
Martinez JA, Mota LFG, Miranda, IMAD, Guedes-Pinto AC. Cirurgia em odontopediatria. In: Guedes-Pinto AC. Odontopediatria clínica. São Paulo: Artes Médicas; 1998.
Silva FWGP. Ojal quirúrgico (ulectomia) ¿cuando y como realizarlo? Reporte de 3 casos clínicos. Ulectomy: when and how to apply. Three case reports Acta Odontol Venez. 2008;46(3)326-28.
Gatto RCJ, Garbin AJI, Corrente JE, Garbin CAS. Nível da autoestima de adolescentes brasileiros vítimas de bullying e sua relação com a necessidade de tratamento ortodôntico. Rev Gaúch Odontol. 2017;65(1):30-6.