Estresse ocupacional: estudo multifuncional com profissionais da saúde de um hospital de Araçatuba (SP)
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v5i3.1328Resumen
Introdução: A área da saúde e o ambiente hospitalar sofrem com a presença de fatores que marcam a realidade de qualquer outra organização, estando igualmente predispostos a ter profissionais acometidos de estresse ocupacional. A instabilidade, a insegurança no trabalho, a condições precárias de trabalho, as longas jornadas, os conflitos nas relações interpessoais com colegas, a alta demanda de serviços pela população, a crise do sistema de saúde em muitas localidades, entre outros, são fatores que alertam para a necessidade de um olhar cuidadoso para a saúde mental desses trabalhadores, cujo objetivo maior é o cuidado com o outro. Objetivo: Identificar o nível de estresse ocupacional que caracterize ou não a Síndrome de Burnout em profissionais da área de saúde de um hospital do município de Araçatuba (SP). Material e método: Aplicou-se o Maslach Burnout Inventory – Human Service Survey/MBI-HSS – a 39 profissionais de saúde de um hospital no município de Araçatuba/SP, entre eles 10 auxiliares de enfermagem, 17 técnicos de enfermagem, 5 auxiliares de farmácia, 5 enfermeiros e 2 médicos. Resultados: Identificou-se alto nível de burnout nas dimensões Exaustão Emocional e Despersonalização em auxiliares de Enfermagem, técnicos de Enfermagem, auxiliares de Farmácia e enfermeiros. A Realização Profissional desses profissionais alcançou nível médio. Entre os médicos, não se identificou prevalência de burnout. Conclusão: Os resultados confirmam o histórico de pesquisas brasileiras sobre o assunto, principalmente entre enfermeiros. Há necessidade de o setor de saúde rever suas políticas e práticas de gestão, incluindo programas de qualidade de vida no trabalho e educação continuada.Descritores: Qualidade de Vida; Estresse Psicológico; Esgotamento Profissional.
Descargas
Citas
Limongi-França AC, Rodrigues AL. Stresse e Trabalho: Uma Abordagem Psicossomática. São Paulo: Atlas; 2012.
Fernandes AV. Os antecedentes da Síndrome de Burnout em comerciais de um banco de retalho e os seus efeitos sobre o comprometimento afetivo [dissertação]. Porto: Faculdade de Economia, Universidade do Porto; 2012.
Lipp MEN. Pesquisas sobre stress no Brasil: saúde, ocupações e grupos de risco. Campinas: Papirus; 2001.
Zanatta AB, Lucca SR. Prevalence of Burnout syndrome in health professionals of an onco-hematological pediatric hospital. Rev Esc Enferm. USP. 2015;49(2):251-8.
Maslach C. Burnout: A multidimensionalidade perspective. In: Shaufeli, WB, Maslach, C, Marek T. (ed.), Professional burnout: Recet developments in theory and research. Washington, DC: Taylor & Francis;1993;pp19-32.
Maslach C, Leiter MP. Trabalho: fonte de prazer ou desgaste? Guia para vencer o estresse na empresa. Campinas: Papirus;1999.
Carlotto MS, Câmara SG. Propriedades psicométricas do Maslach Burnout Inventory em uma amostra multifuncional. Estud Psicol. 2007;24(3):325-32.
Guido LA, Silva RM, Goulart CT, Bolzan MEO, Lopes LFD. Síndrome de Burnout em residentes multiprofissionais de uma universidade pública. Rev. Esc. Enferm. USP. 2012;46(6):1477-83.
Trigo TR. Validade fatorial do Maslach Burnout Inventory-Human Service Survey (MBI-HSS) em uma amostra Brasileira de auxiliares de Enfermagem de um hospital universitário: influência da depressão [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2010.
Stacciarini JMR, Tróccoli BT. O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. Rev Latino-Am Enfermagem. 2001;9(2):17-25.
Schmidt DRC; Dantas RAS, Marziale MHP, Laus AM. Estresse Ocupacional entre Profissionais de Enfermagem do Bloco Cirúrgico. Texto Contexto Enferm. 2009;18(2):330-7.
Benevides-Pereira AMT. O Estado da Arte do Burnout no Brasil. Rev Elet InterAção Psy. 2003;1(1):4-11.
Creswell JW. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed; 2007.
Benevides-Pereira AMT. MBI – Maslach Burnout Inventory e suas adaptações para o Brasil. In: Anais da XXXII Reunião Anual de Psicologia. Rio de Janeiro. 2001:84-85.
Codo W. Educação: carinho e trabalho. Petrópolis: Vozes; 1999.
Nicoletti IG. Estudo de Evidência de Validade para o Maslach Burnout Inventory (MBI HSS) [dissertação]. Itatiba: Universidade São Francisco; 2011.
Noro NTT. Síndrome de Burnout entre Trabalhadores de um Hospital Geral. 2004. [dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2004.
Vicente CS, Oliveira RA, Maroco J. Factorial validity of the Maslach Burnout Inventory (MBI-HSS) among Portuguese professionals. Psic., Saúde & Doenças. 2013;14(1):152:67.
Murofuse NT, Abranches SS, Napoleão AA. Reflexões sobre estresse e Burnout e a relação com a Enfermagem. Rev. Latino-Am Enfermagem. 2005;13(2):255-61.
Fernandes SMBA, Medeiros SM, Ribeiro LM. Estresse ocupacional e o mundo do trabalho atual: repercussões na vida cotidiana de enfermeiras. Rev Elet Enferm. 2008;10(2):414-27.
Castanheira FVS. Burnout no serviço ao cliente: O Papel das Organizações na Criação de Ambientes de Trabalho Saudáveis [tese]. Lisboa: Universidade de Lisboa; 2009.
Roque JD. Burnout e Percepção do Absentismo em Trabalhadores do Setor Bancário [dissertação]. Lisboa: Universidade de Lisboa; 2008.
Gomes AR, Cruz JF, Cabanelas S. Estresse ocupacional em profissionais de saúde: um estudo com enfermeiros portugueses. Psic Teor e Pesq. 2009;25(3):307-18.
Bitencourt C. Gestão Contemporânea de Pessoas. Novas práticas, Conceitos Tradicionais. Porto Alegre: Artmed; 2004.