GradP - o32 Estudo da caracterização e resistência à corrosão de ligas Ni-Cr em colutórios

Resumen

O acesso dos pacientes aos tratamentos reabilitadores que utilizam cerâmica como recobrimento estético tem sido facilitado com o uso de ligas odontológicas de Niquel-Cromo e Niquel-Cromo-Titânio. Quando na cavidade bucal, essas ligas são passíveis de corrosão, a qual pode comprometer não só o desempenho clínico como também suas propriedades físicas e biológicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência à corrosão de duas ligas odontológicas, à base de Níquel-Cromo e à base de Niquel-Cromo-Titânio em três tipos de enxaguatórios bucais com diferentes ingredientes ativos: enxaguatório I – 0.5g/l de cloreto de cetilpiridíneo +0.05 de fluoreto de sódio; enxaguatório II -0.05 de fluoreto de sódio + 0.03% de triclosan e enxaguatório III – 0.12% de digluclonato de clorexidina. Curvas potenciodinâmicas foram realizadas por meio de potenciostato PAR283 e célula de vidro convencional de parede dupla para termostatização. Utilizou-se eletrodo de referência Ag/AgCl, KClsat e como eletrodo auxiliar bastão de grafite. A microestrutura das duas ligas foi observada por meio de microscopia ótica. A análise dos potenciais de corrosão (Ecorr) e de ruptura (Erup) mostraram que o intervalo da região de passividade foi dependente do pH e da presença de íon fluoreto no eletrólito, bem como da composição da liga. A liga Niquel-Cromo apresentou menor resistência à corrosão no enxaguatório III enquanto a liga Niquel-Cromo-Titânio mostrou maior intervalo de passividade e menor densidade de corrente nos enxaguatórios I e II. Análise microestrutural revelou microestrutura dendrítica (espaçamentos dendríticos) na liga Niquel-Cromo e eutética (mistura íntima de duas fases) na liga Niquel-Cromo-Titânio. Concluiu-se que a composição química dos colutórios desempenhou papel determinante na resistência à corrosão das ligas Niquel-Cromo e Niquel-Cromo-Titânio.

Descritores: Ligas Dentárias; Antissépticos Bucais; Corrosão.