OPGr o39 - Genes de resistência a antimicrobianos em dependentes químicos com histórico de internações e infecções recorrentes

Autores/as

  • WC Oliveira
  • EC Gaetti-Jardim
  • CM Schweitzer
  • FIN Ciesielski
  • AS Lins
  • AC Okamoto
  • E Gaetti-Jardim Jr

Resumen

A dependência de drogas lícitas e ilícitas está profundamente associada a doenças infecciosas e imunocomprometimento. Não raro, essas infecções necessitam de tratamento antimicrobiano ambulatorial específico e prolongado. Assim, esse estudo teve como objetivos avaliar a distribuição de marcadores de resistência a antimicrobianos em amostras de biofilme de pacientes dependentes químicos, correlacionando com o tempo de internação em clínicas de desintoxicação e com o histórico de infecções e utilização de drogas antimicrobianas, em relação a um grupo controle de não dependentes. Foram utilizadas 98 amostras de biofilme subgengival de pacientes dependentes de crack e/ou álcool, ambos os gêneros, idade variando de 18 a 61 anos, e de 100 indivíduos não dependentes e sem histórico de uso de antimicrobianos nos últimos 6 meses. Os espécimes eram mantidos em repositório de amostras e linhagens na FOA-UNESP. A extração do DNA microbiano foi realizada por meio do kit comercial (Sigma®). A detecção de 10 genes das famílias tet, bla, e erm foi realizada em termociclador utilizando-se de condições de amplificação e iniciadores específicos. Os resultados foram analisados e adicionados aos dados clínicos por meio do teste de correlações de Spearman e de análise multivariada. Entre os dependentes, os genes tetforam coletivamente observados em 40,8% dos pacientes, e foram mais comuns em pacientes com histórico de pneumonia, enquanto esses genes foram observados em 22% dos indivíduos do grupo controle. Os genes blaTEm e blaCTX-M foram observados apenas em dependentes, onde foram detectados de 5,1% e 3,1% das amostras e são responsáveis pela produção de β-lactamases de amplo espectro de ação. O teste de correlações de Spearman evidenciou que a ocorrência de infecções respiratórias, mais do que o uso clínico de antibiótico, pode ser responsabilizado pela distribuição de genes de resistência entre os dependentes.

Descritores: Resistência Microbiana a Medicamentos; Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias; Hospitalização.

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Publicado

2017-12-30

Cómo citar

Oliveira, W., Gaetti-Jardim, E., Schweitzer, C., Ciesielski, F., Lins, A., Okamoto, A., & Gaetti-Jardim Jr, E. (2017). OPGr o39 - Genes de resistência a antimicrobianos em dependentes químicos com histórico de internações e infecções recorrentes. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado a partir de https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/2479