Implantes dentários instalados em pacientes com fissura labiopalatina. Revisão sistemática com meta-análise

Resumen

As reabilitações orais foram beneficiadas amplamente nas últimas décadas após o surgimento dos implantes osseointegráveis. Um dos desafios que permanece para as reabilitações orais está relacionado com a reabilitação de pacientes com fissuras labiopalatinas operados. Ainda existem dúvidas se pacientes com fissuras labiopalatinas operados apresentam maior taxa de complicações biológicas e biomecânicas, assim como falhas de implantes quando comparado a pacientes sem fissuras. O estudo detalhado das reabilitações orais com implantes dentários para este grupo de pacientes é relevante a fim de se determinar protocolos de recomendação clínica. Portanto, o objetivo deste projeto foi realizar uma revisão sistemática com meta-análise (modelo Cochrane) a fim de se estudar o número de perdas de implantes, perda óssea marginal, complicações biológicas e complicações técnicas relacionadas as reabilitações orais. As bases de dados PubMed/Medline, Cochrane Collaboration, Web of Science e SciELO foram examinadas utilizando os descritores:  ``fissura palatina`` e ``Implantes dentários`` com o objetivo de selecionar estudos adequados ao tema. O software  Comprehensive - Meta – analysis foi utilizado para as análises quantitativas. O nível de significância considerado foi de p<0.05. Os resultados indicaram uma taxa de falha precoce de implantes instalados em pacientes com maxila fissurada de 5,9% e falha tardia de 7,7%. A taxa global de sobrevivência foi de 91,32%. Não foi identificado uma diferença significativa na comparação de implantes instalados na região de fissura e região posterior a fissura, p≥0,05. A perda óssea marginal identificada foi de 1,649 mm em um período de 4,7 anos de acompanhamento. Com base nos resultados pode ser concluído que há previsibilidade na utilização de implantes dentários para a reabilitação oral em pacientes com fissuras labiopalatais.

Descritores: Implantes Dentários; Revisão; Tecido Ósseo.

Apoio Financeiro: FAPESP Processo: 2017/01715-4