Qualidade microbiológica da cebolinha (Allium schoenoprasum L.) produzida em hortas comunitárias de Teresina-PI
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v8i6.3227Resumen
As hortaliças constituem uma importante fonte de vitaminas, sais minerais e fibras alimentares, além de possuírem baixo valor calórico, auxiliando para o alcance de uma dieta equilibrada. No entanto, por serem consumidas in natura, não passando por nenhum processamento pós-colheita, são consideradas um dos principais veículos de transmissão de doenças de origem alimentar. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica da cebolinha produzida em hortas comunitárias no município de Teresina, Piauí. As amostras de cebolinha foram coletadas em hortas comunitárias distribuídas na zona Norte da cidade de Teresina e avaliadas quanto à presença de bactérias aeróbias mesófilas, coliformes totais e termotolerantes. A análise dos dados foi realizada com base na RDC n. 12, de 2 de janeiro de 2001, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os resultados obtidos demostraram que, 100% das amostras de cebolinha analisadas foram consideradas próprias para consumo, apresentando níveis de micro-organismos indicadores de contaminação dentro dos padrões microbiológicos estabelecidos. Apesar destes resultados, foram observados durante a realização desta pesquisa fatores importantes referentes às condições das hortas avaliadas, como uso de adubo orgânico não tratado nas hortaliças e armazenamento inadequado da água usada para irrigação e higienização prévia. Portanto, reforça-se a necessidade da conscientização da população sobre a importância da adequada higienização de hortaliças frescas antes do consumo.
Descritores: Segurança Alimentar e Nutricional; Microbiologia de Alimentos; Saúde Pública.
Referências
- Gomes TS. Pesquisa de Salmonella spp, Escherichia coli e Staphylococcus aureus em amostras de alface e água de coco comercializadas em Campina Grande-PB [monografia]. Campina Grande: Universidade Estadual da Paraíba - UEPB; 2015.
- World Health Organization. Fruit and vegetable promotion initiative: report of the meeting; August 2003. Geneva: WHO; 2003.
- Coutinho MGS, Ferreira CF, Neves AM, Alves FRL, Souza FFP, Fontenelle FOS. Avaliação microbiológica e parasitológica de alfaces (Lactuca sativa L.) comercializadas em feiras livres no município de Sobral–CE. Rev UninCor. 2015;13(2):388-97.
- Silveira SL, Silva VAM, Pessoa MLSB. Análise microbiológica de alfaces (Lactuca sativa L.) produzidas em hortas comunitárias de Teresina-PI. Hig Aliment. 2015;29(248/249):84-87.
- Costa CGA, Garcia MT, Ribeiro SM, Salandini MFS, Bógus CM. Hortas comunitárias como atividade promotora de saúde: uma experiência em Unidades Básicas de Saúde. Ciênc saúde coletiva. 2015;20(10):3099-110.
- Al-Delaimy WK, Webb M. Community gardens as environmental health interventions benefits versus potential risks. Curr Environ Health Rep. 2017;4(2):252-65.
- Monteiro JPR. Hortas comunitárias de Teresina: agricultura urbana e perspectiva de desenvolvimento local. Revista Iberoamericana Economia Ecol. 2006;5(1):47-60.
- Silva N, Junqueira VCA, Silveira NFA, Taniwaki MH, Gomes RAR, Ozaki MM. Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos. São Paulo: Varela, 2010.
- Morton RD. Aerobic Plate Count. In: Downes FP, Ito K. (Eds). Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. Washington:Apha, 2001.
- Brasil. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento técnico sobre os padrões microbiológicos em alimentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2001.
- Bezerra NS. Pesquisa de Salmonella spp. e micro-organismos indicadores higiênicossanitários em hortaliças comercializadas em estabelecimento formal e não formal de João Pessoa- PB [monografia]. João Pessoa: Universidade Federal da Paraíba - UFPB; 2015.
- Maffei DF. Qualidade higiênico-sanitária de hortaliças produzidas pelos sistemas de cultivo orgânico e convencional, comercializadas na cidade de Araraquara-SP [dissertação]. Araraquara: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara – UNESP, Araraquara; 2012.
- França BR, Bonnas DS, Silva CM. Qualidade higiênicossanitária de alfaces (Lactuca sativa L.) comercializadas em feiras livres na cidade de Uberlândia-MG, Brasil. Biosci J. 2014;30(1):458-66.
- Franco BDG, Landgraf M. Microbiologia dos alimentos. São Paulo: Atheneu; 2008.
- Oliveira AS, Almeida AG, Sgrignolli LA, Otoboni AMMB, Tanaka AY, Dorta C et al. Levantamento microbiológico da alface (Lactuca sativa L.) produzida em hortas da cidade de Marília-SP. Hig Aliment. 2013;27(224/225):90-94.
- Silva AS, Silva IMM, Rebouças LT, Amor ALM. Análise parasitológica e microbiológica de hortaliças comercializadas no município de Santo Antônio de Jesus, Bahia (Brasil). Vig Sanit Debate. 2016;4(3):77-85.
- Silva JS. Adubação orgânica de alface: contaminação microbiológica e desenvolvimento da cultura, aspectos químicos e biológicos do solo [monografia] – Londrina: Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UFPR; 2015.
- Oliveira DM, Novaes BCB, Lucena VB, Souza TS, Barros NCL, Dias SS et al. Perfil parasitológico do cheiro verde comercializado em feiras livres de imperatriz- MA. Biota Amazônia. 2016;6(2):123-26.
- Rattanachaikunopon P, Phumkhachorn, P. Dyallyl sulfide contente and antimicrobial activity against food-borne pathogenic bactéria of chives (Allium schoenoprasum). Biosci Biotechonol Biochem. 2008;72(11):2987-91.