Reconstrução mandibular por enxerto ósseo da crista ilíaca após ressecção de ameloblastoma: relato de caso

Autores/as

  • Thayane Celina Silva Lessa, Joana de Ângelis Alves Silva, Marcelo Soares dos Santos
  • Natália Barbosa Siqueira, Belmiro Cavalcanti do Egito Vasconcelos

Resumen

Introdução: O ameloblastoma é uma neoplasia benigna que acomete principalmente pacientes adultos, entre a terceira e a sétima década de vida, afetando principalmente a região posterior da mandíbula. A ressecção de um segmento mandibular sem reconstrução adequada produz grave sequela estética e funcional. O uso da região de crista ilíaca como região doadora de enxerto vem sendo usada para as grandes reconstruções dos maxilares devido à morbidade relativa e possibilidade de obtenção de grande quantidade de tecido ósseo. O objetivo desse trabalho é apresentar um relato de caso de paciente portador de ameloblastoma, que teve sua mandíbula reconstruída por meio de enxerto livre de crista ilíaca. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 45 anos, compareceu ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Recife, PE) queixando-se de aumento de volume em região de corpo mandibular esquerdo. Clinicamente, o paciente apresentava aumento de volume, assintomático, em região de pré-molares e molares. Aos exames imaginológicos o paciente apresentou lesão radiolúcida, multiloculada, expansiva, de bordos bem definidos, envolvendo o corpo mandibular esquerdo. Foi realizada biópsia incisional, que revelou diagnóstico histopatológico de ameloblastoma com predominância histológica plexiforme. Foi optado então pela ressecção marginal da lesão. Porém, durante o transoperatório, o paciente evoluiu com fratura acidental da mandíbula, que foi estabilizada e tratada com fios de aço e bloqueio maxilomandibular por 45 dias. Segundo tempo cirúrgico foi então programado para realização de reconstrução madíbular com osso autógeno da crista ilíaca e instalação de placa de titânio de reconstrução. Atualmente, paciente segue em acompanhamento pós-operatório de dois anos, mostrando total integração do enxerto, bom volume ósseo, manutenção do contorno facial e sem sinais de reicidiva da lesão em exames de imagem. Considerações Finais: O uso do enxerto da crista ilíaca na odontologia é bastante indicado por diversos fatores, como a grande quantidade de tecido ósseo cortico-trabecular, o que favorece a rápida regeneração e a estabilização do enxerto e a maior facilidade na reabilitação com implantes. O paciente do caso evoluiu bem, demonstrando o sucesso desta técnica na restauração da forma e função da mandíbula.

Descritores: Reconstrução Mandibular; Transplante Autólogo; Ameloblastoma.

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Publicado

2018-10-25

Cómo citar

Marcelo Soares dos Santos, T. C. S. L. J. de Ângelis A. S., & Belmiro Cavalcanti do Egito Vasconcelos, N. B. S. (2018). Reconstrução mandibular por enxerto ósseo da crista ilíaca após ressecção de ameloblastoma: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado a partir de https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/3606