Do diagnóstico ao tratamento de lesão maligna em lábio

Resumen

O carcinoma epidermóide (CEC) em lábio representa cerca de 15% de todas as neoplasias na região de cabeça e pescoço e é responsável por cerca de 25% de todas as neoplasias malignas na cavidade oral. Em geral, manifesta-se no lábio inferior e 90% dos casos acontece o sexo masculino. É mais comum na raça branca e está associado a exposição à radiação solar. Clinicamente, apresenta evolução lenta e assintomática, caracteriza-se por ulcerações irregulares de difícil cicatrização, na maioria dos casos. O grau de agressividade do CEC em lábio é menor, com pouca chance de metástase e excelente prognóstico, desde que seja diagnosticado e tratado precocemente. Seu tratamento pode ser a remoção cirúrgica com margem de segurança, radioterapia e/ou quimioterapia. Este trabalho visou apresentar um caso de CEC em lábio inferior, bordando os aspectos diagnósticos e terapêuticos, com a intenção de propagar informação de tal lesão para a classe odontológica. Paciente leucoderma do sexo feminino compareceu ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Fernandópolis queixando-se de ferida na boca. Durante a anamnese negou tabagismo e etilismo, além de doenças sistêmicas. Relatou ter realizado biopsia em centro médico há 4 meses, sem que houvesse retorno e/ou conduta. Ao solicitar resultado de exame ao médico responsável pela biopsia incisional verificamos o diagnóstico de CEC. Imediatamente, a paciente foi encaminhada para tratamento especializado. A conduta abordada foi a remoção cirúrgica com margem de segurança, sendo que a paciente continua em acompanhamento periódico sem sinais de recidiva. Diante do caso relatado, verificou-se que o diagnóstico e o tratamento do CEC de lábio, assim como nas demais regiões, requerem agilidade para que o paciente permaneça com qualidade de vida. 

Descritores: Neoplasia; Carcinoma de Células Escamosas; Diagnóstico Bucal.