Aspectos anatômicos e manifestações clínicas da Síndrome de Eagle: uma revisão da literatura

Autores/as

  • Júlia Kiara da Nóbrega Holanda, Julierme Ferreira Rocha, Lara Danúbia Galvão de Souza, Ocimar Lopes de Oliveira,
  • Jessika Paiva Medeiros, Aléxia Araújo Alencar, Rebeca Dantas Alves Figueiredo

Resumen

Introdução: O processo estiloide é descrito como uma projeção óssea alongada, cilíndrica e pontiaguda, originada na face inferior do osso temporal. Seu alongamento é considerado uma anomalia que pode ser acompanhada de calcificação do ligamento estilo-hioideo, podendo levar a uma série de sintomas que caracterizam a Síndrome de Eagle (SE), descrita inicialmente por W.W. Eagle, em 1937. Objetivo: Abordar os aspectos anatômicos característicos e manifestações clínicas da SE descritos na literatura. Metodologia: O levantamento procedeu-se nas bases de dados PubMed, SciELO e Google Acadêmico, tendo como critérios de inclusão: textos completos, publicados entre 2008 e 2018, artigos originais ou de revisão, em inglês e português. Discussão: Foram utilizados 20 artigos, através dos quais observou-se: o comprimento normal do processo estiloide situa-se entre 25 e 30 milímetros, sendo considerado alongado ao ultrapassar esse valor, podendo estar acompanhado de calcificação do ligamento estilo-hioideo. Em virtude de sua localização anatômica, entre as artérias carótidas interna e externa, tais alterações podem acarretar desvios destas, comprimir nervos cranianos e outras estruturas anatômicas adjacentes. A ocorrência de quadros sintomáticos caracteriza a SE. A literatura registra como sintomas prevalentes: presença de dor contínua na faringe, sensação de corpo estranho na garganta, disfagia, odinofagia, dor facial, otalgia, cefaleia, zumbido e trismo. Teorias do fator desencadeador variam desde trauma prévio até consequência do envelhecimento. Métodos diagnósticos incluem exame clínico e diagnóstico por imagem, sendo a tomografia computadorizada padrão ouro pois permite medir precisamente o comprimento do processo estiloide e avaliar a ossificação do ligamento. O tratamento está diretamente relacionado ao grau de desconforto do paciente. Conclusão: O cirurgião-dentista deve estar atento à possível ocorrência da SE, realizando adequado diagnóstico diferencial através do reconhecimento das alterações anatômicas e suas manifestações, visto que os sintomas podem ser confundidos com aqueles relacionados a uma variedade de neuralgias faciais e outras enfermidades.

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Publicado

2019-01-04

Cómo citar

Lara Danúbia Galvão de Souza, Ocimar Lopes de Oliveira, J. K. da N. H. J. F. R., & Rebeca Dantas Alves Figueiredo, J. P. M. A. A. A. (2019). Aspectos anatômicos e manifestações clínicas da Síndrome de Eagle: uma revisão da literatura. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado a partir de https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/3927