Perfil sócio-demográfico e farmacológico de portadores de doença respiratória crônica e dislipidemias

Resumen

Este estudo tem como objetivo realizar levantamento do perfil sóciodemográfico e farmacológico de portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma e dislipidemia, além de correlacionar com as diretrizes clínicas vigentes. Executou-se a pesquisa por meio do sistema CONSULFARMA, na UBS Vila Piloto, município de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul e posteriormente, analisou-se os dados através do teste de normalidade D` Agostino-Pearson, o teste t de Student e o coeficiente de correlação de Pearson. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em 30 de abril de 2015 (Parecer número 1.044.867). Observou-se maior incidência de DPOC acima dos 40 anos, com prevalência em mulheres e em relação a asma não houve correlação com a idade. Assim, os resultados sugerem que a asma pode manifestar-se em qualquer fase da vida e que o cigarro é fator desencadeante/ agravante de ambas. No que concerne ao tratamento dessas doenças, predominou o uso de metilxantinas e mucolíticos, em desacordo com o preconizado pelas diretrizes. Em relação às dislipidemias, sabe-se que são fatores de risco para as doenças cardiovasculares e juntamente com a diabetes mellitus e a hipertensão caracterizam a síndrome metabólica. O sedentarismo é um fator determinante para sua ocorrência. Com relação ao tratamento, há preferência pela classe das estatinas, na qual a sinvastatina 20 mg prevaleceu. Entretanto, a rosuvastatina apresenta superioridade no controle do perfil lipídico. Assim, conclui-se que as doenças respiratórias crônicas apresentam uma heterogeneidade, devido a existência de múltiplos fatores causais e que os tratamentos necessitam ser mais efetivos. Referente às dislipidemias, o tratamento com baixas doses de estatinas previne o risco de miopatias, porém há necessidade de mais estudos sobre a prevalência dessas doenças.

Agência Financiadora: CNPQ, UFMS

Descritores: DPOC; Asma; Dislipidemias.