Tratamento de câncer de pele não melanoma com uso de terapia fotodinâmica – uma revisão da literatura

Autores/as

  • Renata Thaíssa de Souza Matos, Nicole Hitomi Castilho Suguimoto, Igor Jacomini Pereira, Sonia Regina Jurado

Resumen

O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, representando aproximadamente 25% de todos os tumores malignos diagnosticados. A linhagem mais incidente é o carcinoma basocelular (CBC), responsável por 70% desses casos, o que configura um problema de saúde pública. Esse tipo de neoplasia, apesar das baixas taxas de mortalidade e rara ocorrência de metástase, apresenta comportamento invasivo, cujo tratamento se baseia no tipo clínico, tamanho e localização da lesão. Quando o procedimento cirúrgico torna-se inviável, a terapia fotodinâmica (TFD) é considerada a primeira escolha em alguns casos. A TFD é baseada na combinação de luz visível, oxigênio molecular tecidual e fármacos fotossensibilizantes que se acumulam seletivamente no tecido alvo, resultando em fotodano e subsequente morte celular. O objetivo do presente estudo foi avaliar o uso da terapia fotodinâmica para o tratamento do câncer de pele não melanoma. Realizou-se revisão bibliográfica na base de dados Scielo e Pubmed, utilizando os seguintes descritores: terapia fotodinâmica e câncer de pele não melanoma. No total, 14 artigos foram selecionados e avaliados, sendo considerados aqueles publicados no período de 2000 a 2014. Das obras selecionadas, 8 (57,2%) referem-se especificamente sobre a TFD e câncer de pele, 3 (21,4%) referem-se à TFD e câncer em geral, e 3 (21,4%) referem-se à TFD. A literatura estudada apontou que o fotossensibilizante mais indicado para o tratamento do CBC é o cloridrato de aminolevulinato de metila (MAL), pelo fato de possuir maior lipofilia, maior seletividade e capacidade de penetração. E a luz visível que confere maior efetividade é a vermelha (570-700 nm), utilizada com potência entre 100-150 J/cm2. Muitos autores enfatizaram as vantagens da TFD para o tratamento do câncer de pele não melanoma: significante encurtamento do tempo de recuperação, excelente resultado cosmético, alta taxa de cura e taxa de recorrência semelhante às dos métodos alternativos à cirurgia. Conclui-se que a TFD está continuamente avançando e, apesar de ser uma modalidade terapêutica recente para tratamento do câncer de pele não melanoma, apresenta uma real efetividade, mesmo sendo um procedimento não invasivo.

Descritores: Neoplasias; Pele; Terapia Fotodinâmica.

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Publicado

2019-01-09

Cómo citar

Igor Jacomini Pereira, Sonia Regina Jurado, R. T. de S. M. N. H. C. S. (2019). Tratamento de câncer de pele não melanoma com uso de terapia fotodinâmica – uma revisão da literatura. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado a partir de https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/4125