Características sociodemográficas e clínicas de pacientes com disfunções temporomandibulares atendidos no PROMOVI/FOA UNESP
Resumen
Dor Orofacial, por definição, é dor associada a tecidos moles e mineralizados (pele, vasos sanguíneos, ossos, dentes, glândulas ou músculos) da cavidade oral e da face. As condições clínicas mais frequentemente associadas à dor orofacial são dores de dentes e de tecidos periodontais e a disfunção temporomandibular (DTM). Não raro está associada à comorbidades como cefaléia, cervicalgias, distúrbios do sono, etc. Já DTM pode ser caracterizada como dor ou desconforto no ouvido, ATM, e/ou músculos da mastigação, face, têmporas e pescoço. Sua etiologia é complexa e multifatorial, afetando a qualidade de vida, aspectos fisiológicos e psicológicos dos indivíduos acometidos. O tratamento e orientações são dependentes do sucesso em reunir informações consistentes sobre a queixa de quem busca atendimento. Este trabalho surgiu a partir da observação dos atendimentos destes pacientes no Núcleo de Diagnóstico e tratamentos das Disfunções Temporomandibulares (NDTDTM) e da necessidade em descrever o perfil sociodemográfico e clínico dos indivíduos triados no PromoVi (Centro da Promoção da Qualidade de Vida). O levantamento de dados foi realizado por meio dos prontuários clínicos psicológicos (n=24) no período de março e abril de 2018. Os resultados mostraram que a média de idade dos pacientes foi de 44 anos, sendo 79% do sexo feminino e 21% do sexo masculino. 42% possuem ensino médio completo, 21% ensino superior completo, 29% com ensino incompleto (fundamental e médio), e 8% não declararam. Quanto aos sintomas relatados, a dor aparece em 41% dos entrevistados, enquanto fatores psicológicos e sociais são mencionados por 30% dos pacientes. Os fatores psicológicos ocorreram na seguinte frequência - ansiedade (10%), estresse (6%), medo (4%), sintomas depressivos (4%), insônia (4%) e trabalho (2%). Os dados indicam que embora a busca por atendimento no NDTDTM tenha sido motivada pela dor, os aspectos psicológicos presentes podem funcionar como fatores iniciantes, predisponentes perpetuantes e, portanto, deve-se atentar para intervenções e estratégias de enfrentamento desse seguimento.Descritores: Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular; Emoções; Medicina Psicossomática.
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Publicado
2019-02-05
Cómo citar
Zavanelli AC, Farjado RS, V. N. O. F. (2019). Características sociodemográficas e clínicas de pacientes com disfunções temporomandibulares atendidos no PROMOVI/FOA UNESP. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 7. Recuperado a partir de https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/4222
Número
Sección
Ciências Básicas