Tratamento da fratura-luxação de Lisfranc: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v8i7.4736Resumen
A fratura-luxação da articulação tarsometatársica é rara, tendo incidência em torno de 1 para 55.000 pessoas por ano, recebe o nome Lisfranc em homenagem ao médico que descreveu uma amputação desta articulação. Considerando isso, esse estudo visa relatar um caso de fratura-luxação de Lisfranc e seu tratamento em um paciente sexo masculino, 21 anos, sem comorbidades. Vítima de acidente motociclistico; trazido pelo SAMU com imobilização por talas em pé direito, em bom estado geral e Glasgow 15. Exame físico do pé direito: dor, edema em região dorsal, pele íntegra, pulsos presentes, sem alterações neurológicas ou vasculares. Após raio-x e tomografia computadorizada do pé, foi diagnosticado com fratura-luxação de Lisfranc. Nove dias após, foi submetido a osteossíntese com passagem de fio de kirschnner em base da falange proximal do hálux e redução e fixação da cabeça do segundo metatarso. Passagem de 2 parafusos corticais do cubóide para base do segundo metatarso e do terceiro para a cuneiforme medial e imobilização com tala em pé. Paciente evoluiu bem e seguiu com alta hospitalar e seguimento ambulatorial. A fratura-luxação de Lisfranc é uma lesão grave que apresenta complicações incapacitantes, sendo a mais importante delas a osteoartrose pós-traumática, que pode evoluir com dor e limitação funcional. É importante manter a qualidade da redução, assim como o tratamento cirúrgico precoce visa prevenir a síndrome compartimental do pé, complicação aguda mais frequente.Descritores: Fraturas Ósseas; Fixação Interna de Fraturas; Pé.
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Publicado
2019-10-03
Cómo citar
Nakamura, G. P., Spaziani, A. O., Barbosa, T. C., Ferrari, B. S., Frota, R. S., Marques, T. C. N., Franciscon, J. A., Fernandes, D. B., & Santos, F. H. N. B. dos. (2019). Tratamento da fratura-luxação de Lisfranc: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 8(7). https://doi.org/10.21270/archi.v8i7.4736
Número
Sección
Relatos de Caso