O-o85 Efeito da pinealectomia e do exercício resistido sobre a força máxima, glicemia e sensibilidade à insulina em ratos

Resumo

Objetivos ou Proposição: A insulina contribui indiretamente na supressão da degradação de proteínas, no reparo de fibras danificadas, no crescimento e manutenção da musculatura esquelética após prática de exercícios físicos. Vários fatores alteram a ação da insulina, como por exemplo, a melatonina, hormônio secretado pela glândula pineal. Indivíduos expostos à luz no período noturno inibem totalmente a síntese e secreção deste hormônio, podendo apresentar diminuição da sensibilidade à insulina. O presente estudo avaliou o efeito da pinealectomia e do exercício resistido sobre a força máxima e sensibilidade à insulina em ratos machos Wistar adultos. Métodos: Os animais foram divididos em 4 grupos (sedentário, exercitado, sedentário pinealectomizado e exercitado pinealectomizado) e submetidos à cirurgia de pinealectomia e/ou ao exercício resistido em escada durante 8 semanas. O teste de força máxima foi realizado a cada 15 dias e os animais foram submetidos a 3 sessões semanais de 9 subidas em escada com 60% da carga máxima e intervalo de tempo de 120 segundos. Após esse período, os animais foram mantidos em jejum de 14 horas e amostras de sangue foram coletadas para realização do teste de tolerância à insulina. Resultados: A pinealectomia promoveu aumento da glicemia (p<0,05), entretanto esta alteração não foi observada nos animais submetidos ao exercício resistido (p<0,05). Além disso, o treinamento promoveu aumento da força máxima e da sensibilidade à insulina em ambos os grupos exercitados em relação aos seus controles sedentários (p<0,05). Conclusões: Pode-se concluir que a prática regular de exercícios resistidos com 60% da carga máxima durante 8 semanas foi capaz de aumentar a força muscular e a sensibilidade à insulina de ratos, com ou sem pineal, e também evitar a hiperglicemia observada nos animais pinealectomizados.

 Agradecimentos/Apoio Financeiro: CAPES