P-o26 Avaliação da pressão arterial em modelo de desenvolvimento de obesidade em ratos

Resumo

Objetivos ou Proposição: A obesidade é considerada como um fator de risco para doenças cardiovasculares. A literatura mostra que o aumento da atividade simpática parece ser um dos principais mecanismos envolvidos na hipertensão arterial em obesos, uma vez que aumenta o débito cardíaco e a resistência vascular periférica. O objetivo desse trabalho foi avaliar possíveis alterações na pressão arterial associada ao desenvolvimento de obesidade em ratos. Métodos: Foram utilizados 10 ratos Wistar machos, de 8 semanas, divididos em grupo controle (GC, n=5) e grupo experimental (GE, n=5). O GC foi alimentado com dieta normal e o GE, para o desenvolvimento da obesidade, com dieta hipercalórica composta por ração hiperlípidica M 42% kcal, peletizada (RHOSTER, Araçoiaba da Serra-SP, Brasil), complementada por dieta de cafeteria, por período de 120 dias. A pressão arterial sistólica foi aferida por Plestimografia de Cauda com amplificador de pressão (AD Instruments/ Powerlab Chart 8/35), aos 0, 45, 90 e 120 dias. O desenvolvimento da obesidade foi avaliado pelo índice de Lee. Os resultados foram comparados entre os grupos por Test t de Student (amostras independentes) e as diferenças foram consideradas quando p<0,05. Resultados: Os resultados mostraram que os valores de pressão arterial (mmHg) no GC e GE foram respectivamente: 83,0 e 90,8 (p>0,05) no dia 0; 112,3 e 122,3 (p>0,05) aos 45 dias; 115,3 e 122,6 (p>0,05) aos 90 dias, e 116,8 e 129,8 (p<0,05) aos 120 dias. Os valores do índice de Lee no GC e GE foram respectivamente: 286,49 e 297,34 (p>0,05) no dia 0; 298,34 e 311,77 (p<0,05) aos 45 dias; 299,34 e 312,39 (p<0,05) aos 90 dias, e 298,28 e 318,23 (p<0,05) aos 120 dias. Conclusões: Conclui-se que apesar do GE apresentar obesidade (>300) a partir de 45 dias de dieta hipercalórica, a diferença de pressão arterial entre os grupos foi observada apenas aos 120 dias de dieta hipercalórica. Como no período analisado não houve aumento da pressão arterial sistólica no GE acima de 150 mmHg, podemos sugerir que não há correlação direta entre dieta hipercalórica e hipertensão arterial neste modelo de desenvolvimento de obesidade em ratos.