Classificação dos traumas dentoalveolares em tecidos duros

Autores

  • Jessica Couto Nolli
  • Laryssa de Castro Oliveira
  • Maria Angélica Alves Silva
  • Laís Sara Egas Muniz Barreto Valle
  • Thiago Machado
  • Ana Paula Farnezi Bassi
  • Francisley Ávila Souza
  • Daniela Ponzoni

Resumo

As fraturas de coroa são os traumatismos mais comuns na dentição permanente. Podem causar problemas na polpa e nos tecidos moles adjacentes. A condição da polpa após uma fratura coronária é determinada por vários fatores: se houve uma luxação simultaneamente, o estágio em que se encontra o desenvolvimento radicular, se a dentina foi exposta, e se sim, se a dentina foi protegida em seguida. O tratamento para esses casos de fraturas depende da quantidade da perda de tecido duro e se houve exposição pulpar ou não. Para pequenas perdas, o desgaste seletivo da margem incisal é suficiente. Em perdas maiores, o condicionamento ácido e a restauração com resina composta é indicada. Em fraturas com exposição de dentina indica-se um adesivo dentinário, seguido por uma restauração de resina composta. Nos casos de exposição pulpar, aplica o hidróxido de cálcio puro na exposição, completa com ionômero de vidro, seguido por adesivo e resina composta. Os dentes com fratura coronária devem ser proservados para que complicações pulpares sejam devidamente diagnosticadas. É interessante acompanhar em 1 e 2 meses e 1 ano após o traumatismo. É um tipo de traumatismo bastante frequente e apresenta problemas de tratamento devido a complexidade do traumatismo. A fratura frequentemente expõe a polpa. A linha de fratura geralmente é única, mas podem ocorrer múltiplas fraturas. A fratura corono-radicular sem tratamento geralmente resulta em dor na mastigação devido ao movimento do fragmento coronário. Há várias opções de tratamento imediato do traumatismo: remoção do fragmento coronário com subsequente restauração acima do nível gengival, remoção do fragmento coronário complementado por gengivectomia e osteotomia e subsequente restauração com uma coroa retida a pino, remover o fragmento coronário e extrusão cirúrgica da raiz além de remoção do fragmento coronário e subsequente extrusão ortodôntica da raiz. As fraturas radiculares são tipos mais incomuns de fraturas, sendo mais complicadas pois atingem a polpa, ligamento periodontal, dentina e cemento. Nesses casos, mais de uma radiografia é necessária para assegurar a detecção de todas as fraturas radiculares pois conforme o nível do dente, a fratura fica em uma determinada direção. No tratamento, para facilitar a cicatrização da polpa e do ligamento periodontal é necessário que o fragmento corono-radicular seja adequadamente reposicionado. Além disso, é essencial que a contenção seja mantida por um período de 3 semanas, no qual cicatrização do ligamento periodontal normalmente estabiliza o dente. O teste de sensibilidade e o exame radiográfico devem ser realizados 3 semanas, 6 semanas e 6 meses após o traumatismo.

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Publicado

2018-01-03

Como Citar

Nolli, J. C., Oliveira, L. de C., Silva, M. A. A., Valle, L. S. E. M. B., Machado, T., Bassi, A. P. F., Souza, F. Ávila, & Ponzoni, D. (2018). Classificação dos traumas dentoalveolares em tecidos duros. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado de https://archhealthinvestigation.emnuvens.com.br/ArcHI/article/view/2773