Comparação do potencial erosivo de balas originais e azedas (“sour candies”)
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v10i9.5248Palavras-chave:
Erosão Dentária, Balas, Saliva Artificial, Concentração de Íons de Hidrogênio, AcidezResumo
Introdução: O consumo frequente de balas ácidas está associado à etiologia da erosão dental. Objetivo: Comparar o potencial erosivo de balas originais e azedas. Material e método: Analisaram-se balas originais e azedas nos sabores: morango, uva, frutas silvestres e dentadura, constituindo-se 4 grupos: G-1- balas originais dissolvidas em água duplamente deionizada; G-2- balas originais dissolvidas em saliva artificial; G-3- balas azedas dissolvidas em água duplamente deionizada; G-4- balas azedas dissolvidas em saliva artificial. O pH das soluções foi mensurado utilizando-se um potenciômetro e eletrodo combinado de vidro e a acidez titulável (AT) adicionando-se alíquotas de 100 μL NaOH 1M as soluções até alcançarem pH 5,5. A concentração de cálcio foi determinada utilizando um espectrofotômetro de absorção atômica. Os resultados foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA). As médias de pH, AT foram comparadas pelo teste Tukey em um nível de 5% de significância. Resultados: Observou-se que as balas dissolvidas em água apresentaram valores de pH inferiores a 5,5, não havendo diferença significante entre os grupos (G-1) e (G-3). Na diluição em saliva artificial os sabores do grupo G-2 apresentaram valores de pH significantemente mais elevados que os sabores do grupo G-4, que mantiveram valores de pH inferiores a 5,5. Comparando-se a AT entre os grupos G-1 e G-3 observou-se que os sabores do grupo G-3 apresentaram uma AT significantemente mais alta. Conclusão: Todas as balas analisadas apresentam potencial erosivo, porém as balas “sour” ou azedas apresentaram baixo pH, maior AT e baixo teor de cálcio, apresentando maior potencial erosivo.
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